Berçário da humanidade
De
tempos em tempos muitas coisas mudaram em vários ramos, e um deles, é com
certeza a educação, que vem sendo questionadas pelas mais variadas pessoas,
entre elas teóricos, pais, educadores, alunos e a própria comunidade. Diante
desse contexto pergunta-se: é uma evolução ou uma decadência? Notamos que o
interesse de muitos estudantes adolescentes de hoje é menor que os alunos de
antigamente, igualmente a isso pode-se comparar com relação ao respeito,
comunicação e principalmente o empenho. Atualmente as informações têm chegado
“mastigadas” em suas mãos, e muitos assim não percebem a necessidade de
prosseguir, evoluir, ler, entender e muito menos de se comprometer. Claro que
há lá suas exceções, ou aqueles nomeados “alunos prodígios”, ou pelo menos
educados e interessados no assunto. Esses e tantos outros podem até virar num
futuro próximo, grandes empresários, mas no momento a situação da educação, do
ensinar e aprender é agravante, e precisa ser refletida. Existe infelizmente
uma falta de compromisso e vontade dos envolvidos nesse processo de ensino e
aprendizagem, cada qual com sua parcela de culpa, digamos assim. Um exemplo são
as grades curriculares, que por mais mudanças que sofram, continuam promovendo
uma enxurrada de ciências exatas e naturais, esquecendo das humanidades, das
linguagens e por conseqüência muitas vezes do humano, do sujeito.
De
todas essas situações escolares temos também dois sujeitos imprescindíveis na
educação, o educador e o aprendiz. Educador é a pessoa responsável em ensinar o
aluno, apontar caminhos, promover questionamentos, conhecimento, experiência e
também tem o lado de cuidar e proteger o aluno. O aprendiz é aquele cujo deve
ouvir a voz superior, tirar suas dúvidas, dedicar-se ao que o professor diz, e
ter um relacionamento agradável com o professor. É por isso, e tantos outros
fatores que nota-se facilmente a destacada posição da mulher no Ensino Médio e
que a preferência para lecionar é feminina, possuindo as jovens, também, um
vasto espaço no Enem. Sim, as mulheres ocuparam com muita persistência o
ambiente escolar, mas ultimamente as garotas da modernidade vêem mudando seus
modos a tal ponto que não sabem mais manipular suas “asas”. As alunas têm de
certo modo um caráter diferente de uma professora, seja pelo meio onde se
encontra, ou falta de conhecimento suficiente da vida. No contexto além das
diferenças, entre professoras e alunas, “elas”, quer dizer, as mulheres,
continuam “liderando”.
Percebe-se que muitas escolas têm contratado
cada vez mais professoras, e esse panorama gera uma reflexão, e até mesmo
questionamentos como: será que existe mais professoras formadas do que
professores? Será que existe no ramo educacional uma preferência pela mulher,
porque sua relação com o aluno é mais favorável a escola? Penso que esses dois
fatores apontados são verdadeiros. Pode-se afirmar que na maiorias das vezes,
pensando na modernidade, a mulher é mais esforçada, corre atrás de seus sonhos,
não pensa apenas no dinheiro e sim na sua realização pessoal e profissional. E
o segundo fator, que na prática da sala de aula no Ensino Médio, é real, muitos professores são “insensíveis”, digamos assim, e
acabam não percebendo e compreendendo o aluno além do que uma nota, um valor
numérico, preocupando-se apenas a dar a matéria, ou como muitos dizem “fazem a
sua parte”. Já a professora é diferente, pois ela se mostra disponível para
além do ensinar, promovendo o espaço para escutar e falar com os adolescentes,
seja de problemas escolares ou particulares, possuindo a sensibilidade que a
maioria dos homens que lecionam não tem. Posso dar um exemplo como quando como
um aluno (a) não se sente bem em sala de aula e fica meio quieta de lado,
alguns professores fazem piadinhas, outros não falam, ou muitas vezes não notam
que o(a) menino(a) esta mal. Já a professora conhece seu aprendiz e nota que
ele(a) esta diferente do normal, então conversa com ela e pergunta se esta tudo
bem, oferecendo uma ajuda. Ou então quando estamos aprendendo uma matéria
difícil e a professora faz uma atividade diferenciada para ajudar vocês a
aprender a matéria e sair um pouco da rotina de apostila e caderno. Essas
professoras são as do tipo que se empenham em ensinar, ajudar e fazer com que
ali se criem jovens com futuro, ou com a possibilidade de ter um.
Mas
há por outro lado professoras que não se empenham em dar suas aulas, sendo
educadas e “doces”, porém não ensinando e explicando a disciplina que a ela é
posta, enxergando a situação como uma normalidade, que nesta situação é uma
“cegueira” que a própria pessoa coloca .
E quando a professora não se impõe, seus problemas se amenizam apenas com os alunos, “passando a matéria”, criando
e corrigindo provas, e colocando notas em diários. Mas essa
atitude, egoísta, irá se refletir com os colegas de trabalho que ficaram
desmotivados e até preocupados com o ensino da escola, pois como podem ensinar
num lugar que nem seu próprio professor lhe da motivação para dar aula e também
na sua auto-valorização, que passa a ser jogada fora. Diminuindo também o
respeito do jovem para com a instrutora. Com isso a qualidade do ensino decai,
e é preciso que a escola tenha uma boa base e autonomia para lhe dar com esses
casos, porque na maioria das vezes as mulheres são capacitadas e por isso
encontram-se onde estão. Tendo capacidade de lhe dar com alunos “rebeldes”
mesmo quando não se encontra em bom estado mental ou físico. Mostrando- se
firme em toda hora que é preciso.
Nas salas de aula as
professoras costumam ter uma aparência de poder e superioridade, trazendo ao aluno um respeito maior e necessário, mas
o aluno, como um cidadão “correto” da sociedade deve ter este respeito para com
todos, mais isto não acontece em certas escolas por falta de base e
liderança,ou seja, alguém capaz de orientar a escola e manter todas as coisas
sobre controle. Algumas escolas não dão o valor merecido às professoras
perdendo a oportunidade de manter seus alunos contentes com as aulas e com quem
os ensina. Aqueles professores “chatos” propriamente ditos que trazem com si
uma parede que os impede de se comunicar com o aluno, criando um ambiente
desagradável para aprender, colocando a educação mais uma vez na decadência.
Dizem os “sábios” que o
futuro só depende da nova geração, mas não creio que na geração passada todos
foram corretos ao meio ambiente e urbanização, reafirmando que não foram
capazes de ter autocontrole , sem saber lhe dar com a vida, e causando
problemas que hoje pode nós atrapalhar e até nossos filhos, nos obrigando a
arrumar algo que a humanidade, nem um, nem outro, mas todos fizemos. A
igualdade entre o homem e a mulher é de pouca qualidade e percebemos isso numa
coisa mais básica e primordial, o Ensino Médio, é onde ensina-se e informa-se
os jovens a serem pessoas melhores, pessoas justas, que pensam na comunidade,
paciente, prestativo e que escuta e não
agride ninguém.
Deixando de lado esses
problemas da nova geração e da busca por um mundo sustentável, penso que um
possível caminho na educação e na vida
está na união dos gêneros, na compreensão de que a mulher é tão boa
quanto o homem e certas coisas e que o homem em outras, e que juntos podem
transformar vidas, cidades, estados e até um país. Sem inveja, sem malicia, sem
ciúmes. O Ensino Médio nada mais é que uma cadeia de espinhos preparada pela
política, para aumentar o capital e render lucros e economias ao país, passando
para outros homens e outras mulheres problemas que já deviam ser resolvidos. O
ensino só vai ser um ensino, quando os alunos aprenderem o justo de forma
correta, pois o que adianta o professor falar contra drogas na sala sabendo que
ali há vários fumantes, e retira-se como “aula dada”. E por isso que reafirmo,
a mulher tem sim um papel importante na educação, ela pode olhar alem e ver
mais que simples estudantes, podem conversar trocar experiências, falar com o
aluno coisa que às vezes ele não consegue dialogar com seus pais, tornando-os
mais humanos e menos matérias.
As jovens em sala de
aula comportam-se hoje competitivas umas com as outras, hoje a escola já não
ambiente de aprendizagem, mas um desfile de moda, comparar a mulher adulta com
as jovens que a humanidade está criando é mentir pra si mesmo que está tudo
bem. De tudo que as mulheres conquistaram as meninas não sabem comandar, pois
ganharam a liberdade nas mãos e não as conquistaram e opressão e falta de
comunicação com os pais não as ajudou a pensar como tantas outras mulheres
lutaram para ela estar ali onde está. Acredito que as jovens virão amadurecer,
e a maioria a perceber tudo aquilo que precisa, e se todos contarem com a união
pode obter muito mais que um currículo escolar perfeito, mais uma vida melhor.
E aquele que é cego sem deficiência é cego por que quer, porque se ele não
tivesse medo de dar um passo e abrir os olhos veria como a “união faz a força”.
Para finalizar afirmo
que havendo uma troca de conhecimento favorável para ambas as partes,
professoras e alunos, abrangendo para além do conteúdo, estabelecendo relações
de respeito, carinho e até mesmo amizade, pois o aluno pede hoje a presença
mais das professoras do que dos professores, tendo confiança na voz feminina.
Não agrido os homens, nem o degredo, mas mostro-lhe a capacidade da mulher para
uma melhora, para um futuro. Acredite, dê espaço para que as vitórias se
realizem.
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