Miragem
Estou aprendendo a andar por entre os montes, sendo que rastejo por entre pedras. Tendo entender as mentes, sendo que são os corações que nos fazem dementes. Eu ainda nem aprendi a andar e já penso a correr. Nem sei se é possível voar, mas acredito ter assas. E mesmo sabendo que quanto maior a altura maior o tombo, me ergo sobre as nuvens do céu. Teimosia minha querer superar limites, romper barreiras do tempo. Besteira dos outros acreditar que existem limites. Talvez seja errado só pensar nisso, talvez o certo seja agir sem se preocupar. Talvez se preocupar seja prevenir? Ou reprimir a própria mente. Prefiro jogar-me ao nada do que morrer parada. Prefiro cair do céu, do que nunca sentir o vento em meu rosto, prefiro correr com pés descalços do que nunca saber o que é ter um chão. Prefiro amar erradamente do que ter deixado de dizer o quanto foi importante, prefiro ser eu do que ser algum farsante. Prefiro chorar lagrimas do que invejar outras almas. Prefiro defender-me de mim mesma para não cair em besteiras. Mas antes de preferir algo, prefiro não preferir. Pensar me para, pensar me move. Quero poder voar sem assas e correr sem pernas, quero poder amar sem amantes, quero poder chorar com sorrisos elegantes. Quero não me preocupar com o se era para ter sido, e sim viver o que tiver que ser, será.
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