Será que sou eu?
Quando você acha que está tudo resolvido e vê que não esta, causa pânico. Achei ter perdido o dom, e na verdade eu que me perdi. E não sei se foi em um beijo, ou em outro olhar. Não sei se foi em sonhos, ou em pura realidade. Não sei nem se realmente me perdi, porque ainda consigo escrever. Talvez seja só mais uma fase. Talvez a minha face que esta perdida no espelho, volte. Eu não sei se o problema é amar de mais. Porque se fosse era só negar amor. Mas e se a questão é querer amor? Não se pode obrigar ninguém a amar. Não se pode pedir do outro, algo que você não sente por si mesmo. E ai está. Você se ama? Não digo só olhar no espelho e ver que você é bonita, mas se amar com todos os erros, defeitos e manias. Você acha que consegue? Consegue cometer erros sem se culpar, consegue se colocar em outro lugar, consegue pensar em você antes de pensar nos outros? Pois é, se você diz que sim, tudo bem. Mas eu digo que não. Não há problema em dizer não. Aprendi a pouco tempo que o que importa é agente se amar. Só que é tão difícil olharmos para nós mesmos sem um espelho, e tentar melhorar sem se julgar. É como se o verbo a ser julgado mudasse tudo. Eu achava que me conhecia bem, mas na verdade o que eu fazia era julgar tudo na terceira pessoa, por fora, e quando comecei a colocar dentro de meus próprios textos, entrei em pânico. E agora estou perdida. E como disse anteriormente, não sei onde foi que deixei-me. Só sei que doí e é difícil. E não quero mesmo que seja fácil, mas quero que seja verdadeiro. Quero que o dia amanheça claro, mas não por eu ver o sol nascer, mas por me ver nascer a cada dia melhor. Não dormimos a noite, nós levantamos para mais uma luta, mais uma chance chamada de dia, de hoje e de agora. E mesmo lutando, e tentando nada estará resolvido. Resolvido mesmo nada é. Somos seres imperfeitos buscando a perfeição? Ou somos seres perfeitos, incapazes de se aceitar, procurando a aceitação?
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