Meu Herói
Dizem que super heróis não existem, mas conheço um homem que juro ser incomum. Do tipo não misterioso, nem oculto. Na verdade muito presente, sempre transparente. Um tipo de pessoa que não usa terno para ser respeitado, que não precisa de nariz de palhaço para fazer graça e que não mede esforços para multiplicar seu amor e expor seus pensamentos.
Ele nunca sofreu irradiação, não sobe paredes, não tem super força e muito menos super velocidade. Nem sempre ele sabe ler o que eu penso e não, ele não voa e nem usa capa.
Nunca encontrei ele em nenhum dos gibis, nem filmes, nem pôster. Acho que nem se quer em mais que porta-retratos. Ele nunca está cheio de frases de ação, salvando o mundo do mal, nem lutando pela cidade. Mas se bem guardo ele gosta muito de dizer “O que for fazer, faça bem feito”. Não é nada como um bordão de um Homem-Aranha ou Batman, mas é real. E aplicável e funciona com toda a certeza.
Como se percebe ele nem se quer tem a forma tanquinho de um desses grandes ídolos mundiais de heróis e muito menos suas idades e performances físicas.
Se super heróis como os comercializados não existem eu não sei afirmar, mas acredito que como meu pai devem haver grandes homens, que são grandes heróis. Vencedores na batalha da vida, na responsabilidade. Dedicados a educar uma nova vida, ensinar o certo e o errado e serem aquilo a quem eles se espelharem. São os verdadeiros guerreiros que devem ganhar espaço em nossas cômodas do quarto, histórias na memória e orgulho no peito.
Meu pai é meu Herói.
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