Ele existe?

O que é isto? Que cresce e atenta em meu coração! Que mesmo sem fisicamente lugar ter, aperta o peito e me faz um mar profundo de sentimentos rasos. Sua forma indefinida que como mola se enrola e engrenha em partes do meu eu, torando-se um, sendo parte dali, se camuflando como poeira em ar nas praias de verão. O que é isto que me faz pedir por carinho? Por uma face para remeter-me aos lábios ou até a tua face para colar a minha em uma curta respiração. Como devo chamá-lo? Essa dual face da alma que hora se mostra como pássaro sem ninho e hora se faz ninho para um pássaro pousar. Como vê-lo? Se me parece mais um espelho do que um homem que habita em pele e carne.
Perdão! É isso que peço a minha essência em alma. Ela, que luta diariamente pela sua independência e que acaba sempre comprometida com abraços que não a completam. Ou pelo menos, por hora, agora penso que não. Embora outrora tivera pensando que este pudesse ser amor de alma, ali, pele a pela a brotar. Confundida essa minha razão em ser de amar quando aquecida pelo fogo da carne. Que se acalme em profundo sono para me permitir sair em madrugada à procura do ainda não conhecido.

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